"O sincretismo do povo baiano acrescenta às festas à rainha das águas toques de magia e alegria. Em Salvador o palco principal das homenagens é o bairro boêmio do Rio Vermelho. A tradicional festa de Iemanjá acontece desde 1924. Segundo dizem os historiadores este ano foi ruim para os pescadores e para melhorar a pesca, os pescadores resolveram fazer uma promessa à Iemanja e após isto os peixes começaram a aparecer em abundância e a festa nunca mais deixou de ser realizada."
Rio Vermelho
Dia dois de
fevereiro, dia de orações e culto a Iemanjá.
O melhor
destino seria o Rio Vermelho, onde se concentra a festança e todo ritual dos
presentes para a Mãe D’Água.
Trabalhei
toda a manhã na expectativa de terminar cedo e encontrar com amigos e, pela
primeira vez verde perto a festa no mar.
Sai de casa
as duas da tarde e fui pra casa de um colega. Tivemos o privilégio de ver “de
camarote” dum janelão do seu apartamento que dava pra praia, num dia lindo
ensolarado, o cortejo dos barcos. Um espetáculo que deve ser visto pelo menos
uma vez na vida.
Dali sai em
grupo para encontrar o povo, o povão, a massa. Batucadas, bandas e fanfarras. Muita,
muita gente e prato perfeito para apreciar o povo, ouvir suas falas e sentir o
clima da festa. Andamos algum tempo entre pessoas, carrinhos de mão com isopor
de bebidas, churrasquinho de gato, bancas vendendo capeta e cachorro quente e
muitos policiais, muitas flores.Muita música, muito barulho. Nada faltou
Aí é que me
fascina. Passar por tipos exóticos, pessoas interessantes, observar as danças e
as roupas, perceber bêbados e até filósofos.
Ia um moço
de seus quarenta e tantos conversando com uma moça e de repente aumenta a voz e
solta a pérola: Se não fosse a insígnia do
medo isso aqui já estaria uma “isbornia”. A mais pura filosofia em plena
festa de largo, por volta das quatro da tarde. Tinha que gravar e escrever
sobre isso. Uma frase de efeito!!
Ainda
continuamos lá por um tempo, vimos de tudo e paramos em frente da Companhia da
Pizza. Fomos Brindados com uma apresentação muito boa dos Lampirônicos, grupo
musical que eu não conhecia e fez um show bacana de mais de uma hora.
Gostei da
experiência de conhecer a festa do Rio Vermelho. Como diziam os antigos, antes
tarde do que nunca. E eu sigo afirmando que a vida continua aos quarenta e uns...
C.A.
02/02/09
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