sábado, 1 de agosto de 2015

Singular

Saudade não tem plural 
Mas logo se multiplica 
Quando trás consigo 
A presença da ausência 
É uma torrente de lembranças
Que fazem dos nossos olhos
Rios marejados de sentimentos 
E aperta o nosso peito dolorido 
Provoca choro, provoca riso 
Invoca instantes já distantes 
Da vida partilhada 
Da canção preferida 
Das lições aprendidas
Dos papéis escolhidos 
Das acolhidas e dos abraços
Dos tantos beijos e dos laços 
Da cumplicidade e amizade 
Deixadas aqui temporariamente 
Ancorada no ministério do rever
Hoje, uma saudade singular de você 

C.A. 31/07/2015
Um escrito para Sonia 

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