domingo, 12 de outubro de 2014

Crianças

Minhas crias 
Serão sempre
Crianças soltas
Passeando aqui
No meu pensar 
Nas recordações 
Nas minhas idas
Ao passado presente
Nos cantos de ausência 
Da casa já hoje vazia 
Onde ecoam seus risos 
E o barulhos da correria 
Das brincadeiras saudáveis 
Das suas construções 
Das nossas bagunças 
As casas de bonecas 
As danças e canções
Os muitos livros de história 
O pedaço  lúdico cultivado
Onde as enxergo pequenas
Ocupando todos os espaços
Onde abrigo a minha saudade
Permanente e terna, eterna
Traduzida numa lágrima teimosa
Que brota do olhar de mãe 
Na busca das minhas crias
Já criadas e inteiras
Entregues ao mundo
Mas ainda  crianças 
As minhas crias

C.A. 11/10/14 ( para Nina e Lud, com muito amor de mãe) 

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