Serão sempre
Crianças soltas
Passeando aqui
No meu pensar
Nas recordações
Nas minhas idas
Ao passado presente
Nos cantos de ausência
Da casa já hoje vazia
Onde ecoam seus risos
E o barulhos da correria
Das brincadeiras saudáveis
Das suas construções
Das nossas bagunças
As casas de bonecas
As danças e canções
Os muitos livros de história
O pedaço lúdico cultivado
Onde as enxergo pequenas
Ocupando todos os espaços
Onde abrigo a minha saudade
Permanente e terna, eterna
Traduzida numa lágrima teimosa
Que brota do olhar de mãe
Na busca das minhas crias
Já criadas e inteiras
Entregues ao mundo
Mas ainda crianças
As minhas crias
C.A. 11/10/14 ( para Nina e Lud, com muito amor de mãe)