sexta-feira, 2 de março de 2012


Solidão calada

Calo a minha solidão numa taça de Prosecco
Não permito a companhia da tristeza
Apenas aceito o vazio da casa vazia
A presença desejada é ausência sentida
Fica um desejo contido e não correspondido
Chega uma saudade faceira pra fazer sindicância
Onde andará quem chamo em pensamento?
Doce solidão embriagada de lembranças
Trás para a noite a memória de outros dias
E calada, dorme comigo mais outra vez.


C.A. 17/11/08

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