Manhã ainda morna
Já beijada pela chuva fina
Com casa silente e calma
Só o cantar de uns passarinhos
E músicas ao longe, distantes…
Poucos carros na rua aos Domingos
Filho e pais dormem tranquilos
Eu, já sem prazos marcados
Ainda entorpecida pelos acontecimentos
Cercada da certeza do dever cumprido
E do carinho e mimo dos próximos a mim
Entregue ao ócio que mais me embriaga
Da leitura dos tantos livros adiados
Nesse tempo do sem tempo que agora finda
Tenho fome de volumes e sede de sonhos
Viagens, caminhos, mares, luares
Tudo que fui delongando quero abraçar
A vida imaginada se delineia nos pensamentos
Quero morada, quero instantes, quero história,
Quero amor presença, doação e partilha.
Canto meu e muitas canções que embale os devaneios
Dessa maturidade que chega num sentir capaz de rever
Erros, acertos, paradigmas, estradas e evolução
Caminhos que se descortinam num tempo do agora
Do muito que ainda não fiz e desejo que nem finda
Estou muito leve e livre, viva e solta
Todos os medos ficaram para trás
(Fecho bem e de bem os ciclos D e D )
Ah!!! como eu queria !!!
Hoje respiro serenamente, inauguro nova fase
Estou inteira, plena de mim, sã de juízos.
Sem julgamentos ou amarras
Sigo com fé , esperança e ideias
C.A. 25/03/12 ( inicio de manhã, bebendo água e reiniciando/continuando a leitura da biografia de Clarice, numa ressaca boa prum dia de Domingo)